Originária da Antioquia, Turquia, Pelágia viveu no século III. Era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã. Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, jóias e outros ornamentos luxuosos que usava, exclusivamente, com essa finalidade. Com isso, tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social daquela cidade. Além, é claro, de ter conseguido uma sólida riqueza e grande influência. Sua fama ultrapassava os limites do movimentado pólo econômico e social, pois muitos nobres ricos vinham apenas para poder estar com ela, que cada vez mais aumentava suas posses e poder. Entretanto, certa vez a sua ostentação chamou a atenção do bispo Nono. Foi durante uma procissão, a que exuperante bailarina assistia, como se fosse um simples espetáculo, numa atitude debochada e espalhafatosa. Ricamente vestida e cercada por alguns pretendentes, ela assistia tudo certa de que as atenções era, na verdade, apenas voltadas para ela. O seu culto e sua história foram muito difundidos no mundo cristão oriental. Chegou ao Ocidente através das tradições trazidas pelos peregrinos, que na Terra Santa também visitavam a gruta santa Pelágia Penitente.