10/10/2020
Domingo passado, a Palavra de Deus, com a parábola da vinha, lembrou-nos de que a situação do mundo em que estamos vivendo não é por vontade de Deus e sim por causa do nosso egoísmo. Ele criou o mundo como um imenso jardim onde todos nós tenhamos um lugar para morar e viver felizes, pôs nele uma terra boa para que nós semeássemos nela as sementes que ele regaria com a chuva e a neve, para produzir alimentos e assim todos ter o necessário para comer. Plantou muitas plantas e árvores para atrair a chuva e a segurá-la com as raízes para regar a terra, criar as fontes para oferecer-nos uma água boa e pura para matar a sede, e alimentar os rios. As árvores, além de formar um ambiente gostoso para todos descansar, os animais tem um lugar para habitar, e para os passarinhos ter onde fazer o ninho. E ainda, oferecer um ar puro para respirar e conservar-nos com saúde. Tudo era perfeito, só falta reconhecer que todos nós temos direitos que devemos defender, e deveres que devemos cumprir, aprendendo assim que os nossos direitos terminam no momento que começam os direitos dos outros e os direitos de Deus. Tudo isto acabou quando o egoísmo apoderou-se de nós, ignoramos os direitos de Deus e dos outros, começamos a cometer toda classe de injustiças, e transformamos o jardim de paz num inferno de ódio, violência e morte.
Para livrar-nos desta triste situação e colaborar para que o projeto de Deus seja respeitado para felicidade de todos, precisamos de muita luz, muita força, e muita coragem. Por isso, o profeta Isaías (Isaías 25,6-10) diz: "O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um grande banquete." E continua: "Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a tela em que tinha envolvido todas as nações. O Senhor Deus eliminará para sempre a morte, e enxugará as lágrimas de todas as faces, e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. "Este é o monte onde muitos não gostam subir, porque é o monte Calvário, lugar do sofrimento e da morte de muitos inocentes, e do próprio Cristo. Porém, neste monte Ele rompeu as correntes do pecado que nos mantinham escravos do nosso egoísmo, reconciliou-nos com o Pai, e nos ofereceu a luz e as forças para praticar a justiça e livrar-nos de todas as tentações.
Deste banquete nos fala Jesus no Evangelho (Mateus 22,1-14) contando: "A parábola de um rei que preparou a festa do casamento de seu filho. E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir. Um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, outros agarraram os empregados bateram neles e os mataram". Assim, Jesus nos alerta de que, quem se deixa levar pelo egoísmo, fica sendo escravo das coisas materiais, pratica as maiores injustiças e despreza a Deus e a sua palavra. Com o pedido: "Ide até as encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes. Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram maus e bons, e a sala da festa ficou cheia de convidados". Meditando esta mensagem entendemos as palavras de Jesus: "Felizes os pobres porque deles é o Reino do céu". A felicidade dos ricos está nas coisas materiais, destruir a obra de Deus, e desprezar os direitos dos outros. Esta será a sua felicidade temporal e eterna.
Nós procuramos a felicidade em Deus ou nas teorias dos homens?
Monsenhor Antônio
Obs: Artigo Publicado no Blog da Paróquia no dia 14/10/2017 : http://paroquiasaojoaobatistaolimpia.blogspot.com/
Fonte/Autor: Monsenhor Antônio