07/10/2020
Depois de sua ressurreição, Jesus permaneceu aqui na terra, durante quarenta dias, aparecendo a seus discípulos, confiou-lhes a missão de continuar pregando o Evangelho, anunciar a todos o perdão dos pecados, e deu-lhes orientações a respeito de sua missão no meio do seu povo. Tudo isto nós meditávamos nas páginas anteriores. Agora convido a você pensar qual é o significado da parábola do Bom Pastor. (Jo 10,1-10)
Depois de tudo o que vimos até agora, nós podemos entender melhor o significado desta parábola. Jesus começa lembrando-nos que Deus criou um imenso jardim com todas as coisas que o homem precisava para viver. No meio deste jardim plantou uma árvore, mas ninguém podia comer dos seus frutos, do contrário morreria. Ela era o símbolo da justiça que devemos observar, respeitando os direitos de cada um. Mas o homem, ignorando a autoridade do Criador, e dando ouvidos às palavras do demônio, pegou da fruta proibida e comeu. Com isto, perderam toda a alegria de viver e foram obrigados a presenciar o primeiro ato de violência de toda a história da humanidade, Caim matando seu irmão Abel. Este é o início da violência que, com tristeza, hoje somos obrigados a presenciar todos os dias, por desprezar a autoridade de Deus, ignorar os seus ensinamentos, e não respeitar os direitos dos outros. Para mudar este lamentável situação, só será possível se mudarmos nossa maneira de pensar e de agir. Com esta situação de injustiça e das leis aprovadas pelos governos que não querem reconhecer os direitos de todos os cidadãos, não existe força humana capaz de segurar a violência que está aterrorizando a todos.
Nesta parábola, Jesus se apresenta como a palavra de Deus, encarnada em cada pessoa humana, a única capaz de abrir a porta desta da prisão de corrupção e de violência que escraviza a humanidade inteira. Por isso agora pode apresentar-se para nós como a porta pela qual podemos livrar-nos desta escravidão. Ele afirma: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vai ao Pai senão pó mim.” Com sua vida, mostrou-nos como devemos viver como criaturas humanas, e, com sua morte, reparou o nosso pecado, tornou possível recuperar a nossa amizade com Deus e abriu-nos as portas da Vida Eterna.
Assim, Jesus nos apresenta a única alternativa: Imitamos o exemplo que ele nos deixou e nos deixamos guiar pelos seus ensinamentos, e conheceremos os frutos de paz e de segurança que a prática da Justiça nos oferece; ou seguimos com as teorias dos homens, e continuaremos brigados a suportar esta onda de corrupção violência e morte, consequência das injustiças que todos nós praticamos. Podemos escolher!
Fonte/Autor: Monsenhor Antônio